domingo, 13 de janeiro de 2013

ansiedade pré-16

   Faltando mais de um mês para o meu aniversário, como faço todos os anos, comecei a surtar. Mas um surto alegre mesmo. Uma ansiedade me paralisa a cada vez que lembro que esta data está chegando. Essa ansiedade se mistura um pouco também com a de começo do ano onde todo mundo está tentando mudar, cumprir metas ou listas! 
   Mas por outro lado, fazer 16 anos é de causar muita histeria mesmo. Dos 15 para os 16, parece que damos um grande salto na juventude. De repente, você já pode votar mas acho que isso é o de menos! Ganhamos uma certa maturidade e aceitação com alguns fatos da vida. É complicado de se explicar mas eu tenho certeza de que todos sentiram o mesmo quando passaram por essa fase.
   Em todo caso, estou começando a planejar alguns detalhes para minha festa e já que que estou esperando tanto desse ano novo, minha festa de 16 não estaria fora dessa. Desde o ano passado eu penso na ideia de realizar a comemoração em um bar com o tema rock n' roll. Não é de se esperar de mim que eu goste, mas adoro o clima do rock dançante dos anos 60 até 80 e até do blues. Quando estive em Búzios, conheci um bar com a aparência muito próxima disso: the house of rock and roll. Segue o site para os interessados: 

http://www.thehouseofrockandroll.com.br/



Uma autêntica casa de música com muito rock e agitação e quando estive lá, nunca pulei e cantei tanto em um bar! E o que mais me impressionou é que eu conhecia a maioria das músicas que tocaram no dia. Então foi nesse dia que eu tive a ideia do aniversario em um bar com rock? Sim! 
  Outro grande motivo de ansiedade pré-aniversário é achar um bolo perfeito. Parece impossível e todo ano eu acredito que seja até que eu o encontro! Mas agora as coisas começaram a se complicar um pouco porque eu fiquei mais exigente em relação ao tema que eu desejo: Cinema e Paris. Porque o tema cinema e Paris? Paris, a cidade iluminada sempre ocupou o coração da juventude feminina e não sei porque ela parece tão incrível. Mas quando eu digo Paris, eu me refiro a França por completo. A cada dia fico mais encantada com esse histórico país repleto de cicatrizes mas muita beleza para mostrar. Desde o sotaque até as catacumbas, a França tem muitos motivos para ser tão amada. O cinema foi uma descoberta mais recente. Eu só parei para perceber esse ano o quanto eu trocaria qualquer programa para ir ao cinema ou ficar em casa e alugar um filme clássico. Talvez seja uma paixonite passageira. Eu espero que não.
 É pedir demais um bolo com a mistura dos dois? Parece que sim porque estou a horas olhando para o computador atrás de alguém que faça o bolo com essas características. Se complicar muito, eu devo escolher o tema Paris apenas que é mais simples mas mesmo assim estou tendo dificuldades para encontrar. Bom, ainda tenho mais de um mês pela frente para resolver tudo, e espero que essa ansiedade não atrapalhe meus planos. 

   

sábado, 12 de janeiro de 2013

Um programa para sábado a noite

      O que estaria fazendo, eu, em um sábado a noite em pleno verão? Com certeza algo que ninguém imaginaria levando em conta minha própria idade ou o lugar onde moro. Nem eu mesma imaginaria até.. hoje talvez. Decidida a agir de forma incomum, tomei por conta própria a atitude de ir ao cinema sozinha. Inicialmente eu havia me programado para estar acompanhada com quem quer que fosse, mas ninguém parecia ter o mesmo anseio que eu de apenas ver um filme diferente. Ultimamente, tenho passado grande parte do meu tempo assistindo a filmes demonstrando uma certa paixão minha pelo mundo do cinema. Ignorando convites para atividades alheias, parti acompanhada apenas de mim mesma para ver o filme Paris- Manhattan. Não sei o motivo exato por ter escolhido este. Talvez eu tenha pressusposto que o filme se passaria em Paris. Nem quis saber a sinopse do filme antes de ver o que me proporcionou muito mais a velha sensação de ansiedade para uma nova descoberta. Na verdade, essa ansiedade me acompanha quase tempo integral desde que eu nasci e isso faz com que tudo que aconteça seja muito bem aguardado por mim. Todavia, ir desacompanhada foi de grande estranhamento para todos que estavam lá. Se bem que o cinema onde fui, é bem comum receber pessoas desacompanhadas para ver filmes clássicos.
   Primeiro lado bom de ir sozinha: Você pode escolher o filme que quiser, sem ter que satisfazer algum capricho burguês do seu acompanhante.
   Segundo: Colocar sal na pipoca do cinema e a quantidade, fica inteiramente a seu critério o que para mim foi um alívio já que nunca me decido se quero muito ou pouco.
   Terceira vantagem: Isso é mais comum quando se está acompanhado de muita gente, mas não ter que levar horas para escolher um lugar que agrada a todos já é de grande alívio.
   A desvantagem é mais comum para quem é muito sentimental. Se você parar por um minuto para pensar que está sozinho rodiado de pessoas da terceira idade quando poderia estar saindo com os amigos, zoando ou em uma festa é um pouco deprimente. Não ter onde encostar a cabeça quando bater aquele frio... Por isso preferi manter o tempo todo focada no filme e no quanto estava sendo agradável aquela experiência nova.
   Eu me senti ótima lá. Sentei na fileira do meio na cadeira do meio e me acomodei do melhor jeito. Me senti disposta a mandar qualquer um que corrompesse o silêncio calar a boca. Sendo que sempre que vou ao cinema em um dia normal, recebo em média quatro shius para ficar quieta.
   Mas enfim, o filme foi sensacional! Para uma adolescente que está acostumada a ver filmes clichês e chorar com bobagens do cotidiano, este foi marcante. Ele é fracês e isso me chamou muito a atenção. Como o sutaque francês é divino! O clima francês, as ruas, as vozes me tiravam a atenção diversas vezes e talvez isso tenha colaborado para que eu demorasse para entender algumas partes do filme.
   A personagem principal do filme tem diversas conversas com um retrato de Woody Allen, o diretor de cinema por quem ela é fascinada desde jovem. Em nenhum momento, esse fato é comentado com mais profundidade. Isso me leva a crer que não é um fato tão incomum quando se você tem imaginação. Pode até ser uma realidade para alguns. Eu me vi muito no lugar dela, conversando a esmo com imagens de pessoas inspiradoras e no fundo, ela estava conversando com ela mesma. E quem melhor para te motivar do que você mesmo? Isso parece até doidera, mas todos conversamos um pouco com a própria consciência de vez em quando nem que seja para relembrar de algum fato. Isso aguça um pouco a nossa criatividade.
   Depois de escrever tudo isso, dá até a impressão de que muitas horas se passaram quando na verdade, todos esses pensamentos fluíram pela minha mente em menos de duas horas de filme. Ainda são dez e meia e a noite ainda está longe de acabar. Mas quem disse que vai acabar?

  

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Teia dos sonhos 2#

   Tempos atrás, fiz uma postagem falando sobre o que era a teia dos sonhos (http://doceilonia.blogspot.com.br/2012/11/a-teia-dos-sonhos.html) e fiz uma para mostrar. Mas esse trabalho acabou se tornando um hobby. A paciência que eu tenho para desenhar as teias é incalculável, sem contar a satisfação que sinto quando termino uma. Tem surgido a ideia de começar a vender filtro dos sonhos mesmo de diversas cores e acessórios diferentes. Aqui embaixo estão as fotos de alguns que fiz recentemente:










Se você tiver gostado de algum ou prefere personalizar, deixe um comentário ou mande uma mensagem pelo twitter @louisemarien02 informando que deseja e, de acordo com o trabalho, estipulo um preço. Assim você poderá criar seu próprio filtro dos sonhos. (:

Não seria perfeito?



Não seria perfeito se o arquétipo ‘’paz’’ se tornasse uma realidade?

Não seria perfeito se a chuva fosse colorida?

Não seria perfeito se a mentira simplesmente deixasse de existir?

Não seria perfeito se todos apenas ignorassem tudo que não lhes agrada ao invés de odiar e viver em um inferno?

Não seria perfeito se todas as comidas tivessem o gosto que esperávamos?

Não seria perfeito se todos parassem de nos contradizer?

Não seria perfeito se o ‘’nada’’ fosse suficiente?

Não seria perfeito se tudo que é chato se tornasse interessante?

Não seria perfeito se tivessem piscinas cheias com o seu suco ou bebida favorita?

Não seria perfeito se todo mundo fosse capaz de se divertir sem estar sobre efeitos extracorpóreos?

Não seria perfeito se simplesmente acreditarmos que está perfeito?


Um ano novo


   É impossível acreditar que mais um ano se passou. Não sei se sou a única, mas quando olho para o número 2013, sinto muita simpatia por ele. Mesmo não sendo um número redondo e que não tenha nada de especial, é um ano novo. E como todo mundo, também trago muitas boas lembranças do ano passado dentre as viagens, as pessoas que conheci e os mundos que eu frequentei. Mas a principal coisa que lembro na hora quando me perguntam como foi 2012, eu digo: muito agitado. Tive muitas experiências novas, mas que não valem a pena serem descritas aqui. Eu sinto que 2013 será  O ANO! Estou me sentindo motivada a fazer tudo que não tinha coragem e aproveitar mais ainda as oportunidades que me vierem. 
   Eu tenho uma mania muito saudável de fazer listas no meu caderno. Uma lista do que eu tinha que fazer antes do ano acabar, uma lista do que eu queria para o ano seguinte, e uma lista pra vida toda. Tenho bilhões de listas guardadas e sempre que eu as pego, caio na risada porque na verdade depois de completar o primeiro item, vem aquela incrível satisfação de trabalho cumprido e dai em diante não completo mais nada. A cabeça de uma adolescente é um amontoado de desejos e vontades. E eles mudam toda hora. É impossível você querer algo e que essa vontade não mude até semana que vem. Claro que tem suas exceções e todos que lerem isso vão negar. Eu nego para mim mesma que também nunca vou desistir de uma vontade. Mas é que a vontade simplesmente desaparece e outras ganham prioridade. Mas o que eu gostaria de ter dito com tudo isso, é que eu criei uma lista nova para 2013. Primeiramente, me importar menos com os outros. Isso soa meio egoísta, mas aqueles que me conhecem bem sabem que dou minha última gota de suor para fazer favor pelos outros. E nesse último ano, eu me prejudiquei agindo desse jeito. Esse ano eu prometi que me colocaria em primeiro lugar e em segundo. Os outros itens que seguem nessa lista vão pelo mesmo caminho entre outros caprichos que estão propensos a mudar no meio do caminho como parar de comer carne vermelha ou estudar muito mais. No fundo, essas listas todas só tem uma função: te motivar para o único item que deu origem a todos os outros. O resto acontece naturalmente. Se a vontade realmente existir, você vai realizar com uma lista te obrigando ou não.
   Eu não tenho escrito muito e para falar a verdade, nem eu sabia mesmo o porquê. Eu olho para as fotos, vou a festas e o tempo todo me veem a cabeça inspirações e assuntos para escrever, mas quando chego a frente a tela do computador, eles se vão. Talvez seja o fato da pagina onde digitamos o texto ser predominantemente cinza e branco e essas cores me desanimam. Talvez eu tente hoje mesmo colocar uma imagem onde esta sendo escrito ou tente escrever em outro lugar mais colorido e inspirador.
   Um sono devastador também tem me impedido de fazer tudo e até de comer, tanto é que emagreci dois quilos. Tenho dormido muito tarde e acordado muito tarde. Mesmo que para a maioria das pessoas da minha idade, isso seja normal, para mim é de grande estranhamento. Eu gosto de dormir tarde, aproveitar a noite até a hora que eu aguentar por ansiedade, mas gostaria também de voltar a acordar cedo. Nada me dá mais saudades do que acordar cedo com o som dos pássaros na janela ou com o sol nascendo e ir tomar café. No fundo, acho que eu poderia nunca dormir. A noite é quando a cidade acorda para todos os eventos, ficaria de bobeira até a hora do amanhecer. Quando amanhecesse, tomava o desjejum e aproveitava a manhã para ver mais uma vez o dia ir e voltar. Não iria ser perfeito?
   

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

30 minutos para o fim do mundo

     Aqui onde estou, faltam trinta minutos para o tão esperado fim do mundo: 21 de Dezembro de 2012. Eu sei que depois de lerem esta última frase, muitas pessoas irão estar pensando no quão idiota sou por acreditar em fim de mundo. Para mim, acreditar ou não, tanto faz. Mas se realmente os tempos forem acabar amanhã, não sentiria remorso em nenhum minuto e partiria alegremente. Eu vivi durante quinze anos que é considerado muito pouco para se conhecer a vida, as pessoas e o planeta mas quem garante que eu nunca conheci? Quem garante que eu não já nasci sabendo como seria a vida cotidiana, as ilusões e desilusões, as mentiras e todas as tragédias? Eu posso  já ter nascido com uma ideia de como seria tudo isso mas ao longo dos anos, recebemos tantas discrições diferentes que ao completar 99 anos, ainda iria me perguntar qual o meu papel aqui. Até a idade em que estou, eu aprendi a nunca perder uma oportunidade de aprender nem que fosse da pior forma. Tomei caminhos errados ou tornei-os certo mas continuei sempre com um pensamento otimista em mente (embora eu viva em constante maré de azar) e nunca deixei de aproveitar cada instante para sorrir ou rir, dar aquela doce gargalhada de uma besteira que não iria acrescentar nada na vida de ninguém. Eu aprendi sobre tudo ao meu redor, e acima de tudo, aprendi a amar. Amar não se trata apenas de encontrar um príncipe encantado para a vida toda. Eu amei a mim mesma o tempo todo, amei minha família, meus amigos, a natureza, as pessoas, os lugares, o tempo, a matéria inútil da escola, a música que nunca vou lembrar o nome. Mas apesar de parecer um grande paraíso toda essa história, eu chorei. Chorei por mim mesma mas principalmente pelos outros. Eu permaneço feliz enquanto fizer todos felizes e isso é um fardo que vou carregar para toda a vida, talvez só até amanhã. 
   Esse ano foi repleto de tragédias, histórias e acontecimentos aqui e em todos os países que nos fizeram lembrar que esse ano acabaria o mundo. E o tempo todo eu ouvia alguém comentar quando alguma coisa impressionante acontecia ''isso é o mundo acabando viu''. Quem acreditou que a vida fosse terminar amanha, aproveitou para fazer tudo: quebrar as regras, se permitir ir mais longe. Hoje por exemplo foi um dia incrível. Bem que poderiam fazer mais fins de ano como esse, não?
    Eu sempre me pergunto, será que todo mundo que resolveu aproveitar a vida agora, vai se arrepender caso o mundo não acabe? É muito injusto com a própria vida ter que divulgar o seu fim toda hora para que as pessoas queiram aproveitá-la. Então vá lá fora, grite, abrace alguém que você odeia ou pare de odiar tanto tudo. Faça aquilo que você sempre quis fazer mas não fez por vergonha. Ou melhor, não tenha mais vergonha dos outros. Se o mundo acabar amanhã, eu vou ficar feliz. Se não acabar, vou ficar mais feliz ainda.



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ynni cylch - mandalas

    Esta semana eu estava andando pelo Mundo verde atrás de porta-incensos e encontrei mais uma ideia para meus trabalhos manuais ecologicamente corretos: um incensário feito com CD. Parece bobagem, perder um dia inteiro de férias só para ficar mexendo com lixo sendo que nem poderia dar certo mas como eu tenho um certo instinto para aprender a fazer tudo, resolvi tentar. 
   Quando o vi, olhei e nem desconfiei que era um CD usado porque estava completamente enfeitado com o desenho de uma mandala. A palavra mandala significa círculo e também pode significar concentração de energia. Universalmente, a mandala  é símbolo de totalidade, integração e harmonia. Ela está presente em diversas culturas, rituais de cura, alquimia entre outros..  Você provavelmente já deve ter visto um desenho desses em um quadro, bolsa ou na minha outra postagem sobre teia dos sonhos http://doceilonia.blogspot.com.br/2012/11/a-teia-dos-sonhos.html
pois é muito conhecida por sua beleza quase sempre floral.



   Confesso que de todos os meus trabalhos artísticos, esse foi o mais trabalhoso. Para início de conversa, o CD que eu usei deveria ser duplo, ou seja, uma parte metálica e outra transparente. Por não conseguir um assim , tive que fazer o impossível: aprender a desenhar uma mandala! Esses desenhos são incrivelmente complexos mesmo que não pareça. As pétalas, cada ponta são geometricamente calculados e posicionados. Mas como se não bastasse, veio a parte ainda pior: pintar cada espaço com cores diferentes. 
   Depois de finalizado todo o desenho e a pintura, coloquei brilho e outros detalhes para disfarçar os errinhos e pronto! 
    Como a maioria dos artistas amadores, a sensação de trabalho finalizado é a melhor do mundo! Embora a primeira tentativa nem sempre seja a melhor, nós sempre nos surpreendemos com a nossa capacidade. Porque para esse trabalho, haja paciência!